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27/09/2019 - DÃVIDA PÚBLICA FEDERAL ATINGE R$ 4 TRILHÕES PELA 1ª VEZ
(Por Lu Aiko Otta e Edna Simão)
A dívida pública federal (DPF) subiu 2,03% em termos nominais na passagem de julho para agosto, somando R$ 4,074 trilhões. Pelas metas estabelecidas no Plano Anual de Financiamento (PAF), a DPF deve oscilar entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões.
De acordo com números divulgados nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) registrou alta de 1,74% no mês em agosto, atingindo R$ 3,913 trilhões. Já a dívida federal externa somou R$ 160,87 bilhões (US$ 38,87 bilhões), aumento de 9,55% em agosto ante julho.
No oitavo mês de 2019, as emissões da dívida federal corresponderam a R$ 60,64 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 21,02 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 39,62 bilhões. Desse total, R$ 39,94 bilhões referem-se à emissão líquida da dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) e R$ 320 milhões de resgate de dívida pública federal externa.
O percentual vincendo da dívida federal em 12 meses ficou em 18,26% em agosto, contra 16,97% em julho. O prazo médio da DPF fechou o mês em 4,12 anos, ante 4,18 anos em julho.
Participação na dívida A participação de investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna caiu em termos percentuais de julho para agosto, de 12,31% para 12,14%. Em valor absoluto, a fatia saiu de R$ 473,45 bilhões para R$ 474,98 bilhões.
Os fundos de investimento ficaram com participação de 27,15% no oitavo mês de 2019, ante 25,29% em julho. As instituições de previdência fecharam agosto com 24,16%, contra 25,97% um mês antes, e as instituições financeiras responderam 22,93% da DPMFi, frente a 22,72% em julho. O governo respondeu por 3,97%, ante 4,09%. Já as seguradoras ficaram com 4% em agosto, após 3,98% em julho.
Composição da dívida A participação dos papéis pós-fixados na dívida pública federal caiu de 38,37% em julho para 38,35% em agosto. Pelas metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) deste ano, a participação desses papéis deve variar entre 38% e 42%.
Já os títulos prefixados representaram 31,44% da DPF, contra 31,05% em julho). Os papéis ligados a índices de preços representaram 26,06% do total, ante 26,73% em julho. Já aqueles ligados a câmbio ficaram em 4,15%, acima dos 3,85% em julho.
O PAF de 2019 estabelece que os papéis prefixados devem registrar uma participação entre 29% e 33% do total. Já os atrelados a índices de preços ficarão entre 24% e 28% da DPF e os papéis ligados ao câmbio ficarão entre 3% e 7%.
Custo O custo médio acumulado nos últimos 12 meses do estoque da dívida pública federal fechou agosto em 8,54%, um recuo em relação ao índice de 8,66% ao ano registrado em julho. Já o custo médio da dívida mobiliária interna fechou o mês em 8,67%, depois de marcar 8,79% ao ano em julho.
No caso das emissões, o custo médio em oferta públicas da DPMFi acumulado em 12 meses foi de 7,09% em agosto, depois de marcar 7,11% em julho. Neste caso, as Letras do Tesouro Nacional (LTN) tiveram custo médio de 7,92% ao ano em agosto (8,16% ao ano em julho), enquanto o custo para colocação de Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) fechou o mês em 8,16% (8,30% em julho). As LFTs saíram a 6,30% em agosto (6,37% em julho) e as NTN-F tiveram custo de 9,40% ao ano (9,82% um mês antes).
Fonte: VALOR ECONÔMICO / FEEB PR
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